Cícero Martins Pereira Junior, de 24 anos, irmão de Nataly, deu depoimento sobre o que vivenciou no caso da morte de Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, que foi encontrada no quintal de sua residência, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. A vítima (Emelly) foi encontrada enterrada após os policiais realizarem buscas no local, com base em informações no suposto parto de sua irmã, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos.
Cícero contou à polícia que sentiu o cheiro forte de sangue quando foi ao fundo de sua casa para pegar ferramentas e tentar desentupir o vaso sanitário. O pedreiro alegou que acreditava que o forte cheiro de sangue em sua casa era decorrente do parto de sua irmã, ocorrido no banheiro. Segundo ele, ao ser informado pela esposa sobre o nascimento do bebê, ele foi até o local e encontrou Nataly e a recém-nascida, que estava no quarto dos fundos da casa.
Cícero relatou que, por volta das 14h30 de quarta-feira (12), recebeu uma ligação da esposa, contando que Nataly havia dado à luz em sua casa, o que o fez estranhar, já que a residência é de seus pais, e quem mora no imóvel é ele. Ele ainda informou que, três dias antes, sua irmã lhe pediu que pegasse roupas de bebê na casa de um tio e as levasse para sua casa, alegando que estava fazendo uma mudança.
Por volta das 15h, após encontrar a irmã e o bebê em sua casa, Cícero afirmou ter se preocupado com a saúde de ambos e os levaram ao Hospital Santa Helena. Durante a trajetória, ele disse ter notado respingos de sangue nas paredes e no guarda-roupa do quarto, mas alegou que, como havia acompanhado o parto de sua esposa, acreditou que fosse normal.
De volta à residência, Cícero relatou que o cheiro de sangue era insuportável, o que levou sua esposa a sugerir que ele limpasse o chão com água sanitária antes que os filhos voltassem para casa. Cícero afirmou que limpou o banheiro, mas que Aledson Oliveira da Silva já havia feito uma limpeza antes dele. A esposa de Cícero ainda relatou que Nataly sofreu muito durante o parto.
Na madrugada de quinta-feira (13), por volta das 2h, Cícero recebeu uma ligação de Nataly, que o informou sobre uma acusação de que o bebê não seria dela e que a esposa de Cícero deveria depor na delegacia, já que havia presenciado o parto. Contudo, Cícero constata que isso era uma mentira, já que sua esposa não havia presenciado o parto, pois estava trabalhando.
Mesmo assim, o casal foi até a delegacia, onde a esposa de Cícero contou sua versão dos fatos. Durante o depoimento, um policial questionou Cícero sobre a gravidez de sua irmã, mas ele negou ter acompanhado qualquer exame médico.
Mais tarde, Cícero foi informado na delegacia que uma adolescente grávida havia desaparecido, e que o bebê encontrado no hospital não era filho de Nataly. Já pela manhã, enquanto estava em casa, Cícero recebeu uma ligação de Aledson, que informou que a polícia estava indo à sua casa. Ao chegar à residência, os policiais fizeram perguntas sobre a presença de Nataly na casa e sobre possíveis evidências do parto.
Cícero permitiu que os policiais entrassem na casa e se prontificou a ajudar. Ao ser questionado sobre a placenta, Cícero sugeriu que sua irmã afirmou ter descido pelo vaso sanitário e foi até o fundo da casa procurar ferramentas para tentar abrir o esgoto.
Nos fundos do quintal, quando foi pegar a picareta, ele viu a terra remexida. Ao chegar no local, os policiais cavaram o chão e encontraram o corpo de Emelly enterrado.
Nesse momento Cícero foi preso e encaminhado para delegacia, juntamente com Aledson Oliveira da Silva, que também estava no local. Posteriormente, após prestarem depoimentos foram liberados.
O vídeo abaixo mostra o momento que Nataly chega no hospital fingindo dores. A mulher, que foi presa e confessou o crime, chegou a compartilhar nas redes sociais quase que um diário de gravidez, com exames de ultrassom, chá revelação, entre outros episódios. Emily teve a barriga aberta e o bebê foi retirado com ela ainda viva.
Vídeo:
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