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Ex-marido e irmão contam versão sobre o caso de homicídio de adolescente em Cuiabá

Ex-marido e irmão contam versão sobre o caso de homicídio de adolescente em Cuiabá

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) concluiu que não há indícios de participação dos familiares de Nataly Helen Martins Pereira no assassinato da adolescente grávida Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, ocorrido em março deste ano, em Cuiabá. Nataly confessou à polícia ser a autora do crime, motivado pelo desejo de ficar com o bebê que Emilly esperava.

Após cometer o homicídio, Nataly tentou registrar a criança como sua em uma unidade hospitalar da capital mato-grossense, mas a equipe médica suspeitou das inconsistências na história apresentada e acionou as autoridades. A ação rápida do hospital foi essencial para a elucidação do caso.

Em entrevista à TV Centro América, o ex-marido da investigada, Christian Albino Cebalho de Arruda, contou que foi enganado ao acreditar que a ex-companheira estava grávida. Ele relata que Nataly apresentava sinais típicos de gestação e jamais suspeitou de qualquer encenação. “Eu via a barriga mexer, ela passava mal, vomitava… Tudo parecia normal. A única dúvida que eu tinha era se a criança era minha. Nunca imaginei que ela pudesse fazer algo assim”, desabafou Christian.

O irmão da investigada, Cícero Martins Pereira Júnior, também se disse profundamente abalado. Segundo ele, a atitude da irmã foi inconcebível diante da imagem que ela sempre passou à família. “Sempre foi carinhosa, alegre, querida por todos. Nunca passou pela minha cabeça que ela fosse capaz de cometer um crime tão monstruoso. Só peço a Deus que conforte a família da Emilly. Nada apaga essa dor”, declarou emocionado.

Segundo as investigações, Nataly teria agido sozinha, motivada por frustração após sofrer dois abortos espontâneos. Ela já é mãe de três filhos e, de acordo com seu depoimento, planejou e executou o crime por conta própria. O bebê retirado do útero da vítima nasceu sem sinais vitais, mas foi reanimado por Nataly, segundo consta na denúncia apresentada pelo MPMT.

A 14ª Vara Criminal de Cuiabá já recebeu formalmente a denúncia do Ministério Público, que imputa à ré oito crimes graves:

  • Feminicídio
  • Tentativa de aborto
  • Subtração de recém-nascido
  • Parto suposto
  • Ocultação de cadáver
  • Fraude processual
  • Falsificação de documento particular
  • Uso de documento falso

Nataly está presa desde março e aguarda julgamento. O caso gerou grande comoção em Mato Grosso e segue sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela sociedade, que exige justiça pela brutalidade do crime.

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