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Prefeito critica suspensão de aulas no dia 17 e promete mudanças no calendário escolar de Cuiabá

Prefeito critica suspensão de aulas no dia 17 e promete mudanças no calendário escolar de Cuiabá

Durante a Semana Santa, muitas famílias aproveitam o período para momentos de fé, reflexão e descanso. A tradição cristã, celebrada em todo o país, tem seu ponto alto na Sexta-feira Santa, que neste ano cai no dia 18 de abril — feriado nacional em memória à crucificação de Jesus Cristo. No entanto, o dia anterior, quinta-feira (17), não é considerado feriado ou ponto facultativo em Cuiabá, o que gerou polêmica após a decisão de algumas escolas da rede municipal de suspenderem as aulas nesta data.

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, usou suas redes sociais na noite desta terça-feira (15) para se posicionar sobre o assunto. Em tom crítico, o chefe do Executivo lamentou que a suspensão das aulas tenha sido autorizada pela Secretaria Municipal de Educação, mesmo sem respaldo legal de feriado ou ponto facultativo.

“Infelizmente, algumas escolas não terão aulas no dia 17 porque, junto com seus conselhos escolares, decidiram por conta própria suspender as atividades. Reforço: não é feriado, nem ponto facultativo, e ainda assim essas escolas optaram por isso, com o aval da nossa secretaria. Isso não vai mais se repetir!”, afirmou o prefeito.

Segundo Brunini, a interrupção das aulas em um dia considerado normal de expediente é uma decisão isolada e que não será mais tolerada em futuros calendários letivos. Ele reforçou que respeita a autonomia das escolas, mas que é preciso alinhamento com o interesse público e o funcionamento regular da rede de ensino.

Como é feito o calendário escolar em Cuiabá?

O calendário anual da rede municipal de ensino é elaborado pela Secretaria Municipal de Educação, com base nas diretrizes do Ministério da Educação (MEC), que determina a obrigatoriedade de pelo menos 200 dias letivos e 800 horas de aula por ano.

A construção do cronograma é feita de forma participativa, com consulta e aprovação dos conselhos escolares de cada unidade, que são formados por representantes da direção, professores, pais, alunos e membros da comunidade. Essa estrutura permite que cada escola tenha certa autonomia para adaptar o calendário às suas realidades, desde que respeite os parâmetros legais.

A proposta final é consolidada pela Secretaria e homologada por meio de portaria. Contudo, a decisão desta semana — que autorizou folga no dia 17 — levantou críticas por parte da administração municipal, que promete rever os critérios adotados.

Enquanto isso, o prefeito reafirmou o compromisso com a qualidade e continuidade do ensino, dizendo que ajustes serão feitos para garantir previsibilidade e responsabilidade no calendário escolar de 2025.

“A população merece respeito. Vamos corrigir essa falha para que situações como essa não voltem a acontecer. Educação é coisa séria”, concluiu Abílio.

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