A Polícia Civil de Mato Grosso deu mais um passo nas investigações do homicídio que chocou a capital em 2024. Na tarde desta terça-feira (15), agentes da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam o sétimo suspeito de participação no assassinato do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, executado a tiros em frente ao seu escritório em julho do ano passado.
A nova prisão foi autorizada por mandado judicial expedido pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) da Comarca de Cuiabá. Segundo a DHPP, o suspeito detido nesta etapa da investigação possui ligação direta com os autores materiais e intermediários do crime. No cumprimento da ordem judicial, também foram apreendidos um veículo e aparelhos celulares que podem trazer novas evidências à apuração.
A ação integra a segunda fase da Operação Office Crimes – A Outra Face, deflagrada em 6 de março deste ano, que já havia resultado na prisão de seis pessoas, entre elas cinco policiais militares e o executor dos disparos. Na ocasião, foram cumpridos também dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos.
Relembre o caso
Renato Nery foi alvejado no dia 5 de julho de 2024, quando saía de seu escritório localizado em um bairro central de Cuiabá. Mesmo após ser socorrido com urgência e submetido a cirurgia em um hospital da rede privada, o advogado não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois.
Desde então, a DHPP vem conduzindo uma investigação complexa, reunindo provas técnicas, análises periciais e depoimentos. O inquérito indica que o assassinato teria sido motivado por uma disputa fundiária, em que o advogado representava interesses contrariados por grupos com forte influência na região.
O delegado responsável pelo caso afirmou que as apurações continuam em ritmo acelerado, com o objetivo de esclarecer todos os detalhes e identificar possíveis mandantes do crime. “Estamos diante de um caso que envolve múltiplas conexões, inclusive com agentes da segurança pública. Nossa missão é garantir que todos os responsáveis sejam levados à Justiça”, reforçou.
A Polícia Civil não descarta novas prisões nos próximos dias.
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