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Justiça à Heloysa: Polícia conclui investigação e prende envolvidos em crime brutal contra adolescente

Justiça à Heloysa: Polícia conclui investigação e prende envolvidos em crime brutal contra adolescente

A morte cruel de Heloysa Maria de Alencastro Souza, de apenas 16 anos, está sendo tratada como um caso de feminicídio, e os quatro envolvidos já estão nas mãos da Justiça. A adolescente foi assassinada e teve o corpo ocultado em um poço de cerca de 9 metros de profundidade, em uma área de mata no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá. A Polícia Civil de Mato Grosso confirmou a prisão de todos os suspeitos menos de 24 horas após o crime.

Padrasto é apontado como mandante

Segundo as investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), o padrasto da vítima, B.A.S., de 40 anos, arquitetou o crime. Ele foi indiciado, junto ao filho G.B.J.L.S., de 18 anos, pelos crimes de feminicídio, roubo majorado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Já os dois adolescentes envolvidos, de 16 e 17 anos, responderão por atos infracionais relacionados aos mesmos delitos.

“Nosso desejo era encontrar Heloysa com vida. Infelizmente, isso não foi possível. O que pudemos oferecer como resposta à sociedade foi a prisão de todos os envolvidos, e isso aconteceu rapidamente”, declarou o delegado Cláudio Álvares Sant’Ana, diretor de Atividades Especiais da Polícia Civil.

Execução premeditada e tentativa de encobrir o crime

O crime ocorreu na casa da mãe da vítima. De acordo com a apuração da polícia, Heloysa foi morta antes da chegada da mãe, ainda na presença do padrasto. A causa da morte foi asfixia por estrangulamento, com um cabo de carregador USB. A tentativa de simular um roubo, com a subtração de objetos e o sequestro encenado da adolescente, visava despistar os investigadores.

A mãe da jovem também foi brutalmente agredida ao chegar em casa, mas sobreviveu. Uma amiga que a acompanhava foi poupada por estar com um bebê no colo.

Investigação rápida e prisões em tempo recorde

A falsa denúncia de roubo com sequestro mobilizou equipes do Bope, Polícia Militar e Polícia Civil, que iniciaram imediatamente um trabalho conjunto de inteligência. Câmeras do sistema “Vigia Mais” identificaram o carro da vítima no bairro Ribeirão do Lipa, onde um dos adolescentes suspeitos foi apreendido. O outro, que havia fugido, foi encontrado horas depois. Os itens roubados foram localizados no local.

As investigações revelaram que B.A.S. foi o único a entrar na casa da vítima, conforme registrado pelas câmeras dos vizinhos, o que reforçou a hipótese de que ele facilitou a entrada dos comparsas.

O corpo de Heloysa foi encontrado às 22h20 do mesmo dia, dentro do poço. A confissão dos dois jovens, um de 17 e outro de 18 anos, indicou o padrasto como o mentor do crime. Ele foi detido quando acompanhava a mãe da adolescente em uma unidade de saúde, onde ela recebia atendimento pelos ferimentos.

Todos sabiam que Heloysa seria assassinada

Apesar de apenas o padrasto viver com a adolescente, os quatro envolvidos responderão por feminicídio. Segundo o delegado Guilherme Bertoli, todos tinham plena consciência de que Heloysa seria assassinada por ser mulher, o que configura o agravante.

“A união das forças policiais foi determinante para que esse caso fosse esclarecido com rapidez. O trabalho articulado entre Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros foi essencial para a elucidação do crime e para dar uma resposta à sociedade”, afirmou o secretário-adjunto de Integração Operacional, coronel Fernando Galindo.

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