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Mato Grosso brilha no Salão do Artesanato com diversidade cultural e potencial econômico

Mato Grosso brilha no Salão do Artesanato com diversidade cultural e potencial econômico

Com mais de 300 peças artesanais e a força da cultura mato-grossense, artesãos do Estado conquistam espaço em São Paulo

Com uma explosão de cores, técnicas e tradições que retratam a identidade de Mato Grosso, dez artesãos e artesãs participam da 19ª edição do Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, que acontece entre os dias 21 e 25 de maio, no emblemático Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

A presença mato-grossense é garantida graças ao Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), que cedeu um estande institucional coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), através da Adjunta de Turismo e da Coordenadoria de Artesanato.

No espaço, o público encontra um retrato fiel da diversidade artesanal do Estado, com trabalhos de nomes como Nei Roberto (Várzea Grande), Vilma Santos (São José do Rio Claro), Francisca Gomes (Cuiabá), a Associação Tecearte, além de seis representantes indígenas das etnias Mehinako, Waurá e Umutina.

O estande reúne mais de 300 obras, entre bordados, miçangas, cerâmicas, esculturas em madeira, arte com sementes, folhas, flores e argila. Cada peça traz consigo não apenas uma técnica, mas uma história que expressa a alma e a cultura do povo mato-grossense.

Na edição anterior do evento, os expositores do Estado somaram cerca de R$ 300 mil em vendas, demonstrando o forte potencial econômico do setor artesanal e elevando a expectativa para os resultados deste ano.

“Participar do Salão é uma oportunidade de projeção nacional e internacional, e uma valorização direta da nossa cultura”, destaca Júlia Assis, superintendente de Política e Promoção do Turismo da Sedec.

Para muitos, a feira representa um divisor de águas na carreira. O artesão Ney Roberto, que trabalha com madeira, afirma que eventos como este foram essenciais para transformar seu talento em sustento:

“Foi um marco na minha vida. A visibilidade que ganhei abriu portas com lojistas e permitiu que eu me dedicasse exclusivamente ao artesanato há mais de 12 anos”, ressalta.

A artesã Vilma Santos compartilha experiência semelhante:

“Essa vitrine nos conecta a arquitetos e lojistas de várias regiões. Nosso trabalho tem sido muito valorizado”.

Já os Mehinako, da aldeia Kaupüna, no Xingu, mostram com orgulho sua arte que já conquistou mercados no Japão, Estados Unidos e Canadá. Para Kayanaku Mehinako, o evento vai além da comercialização:

“Expor aqui é levar nossa cultura ao Brasil inteiro. É mostrar a beleza da nossa arte, que nasce da natureza e da nossa história”.

Reconhecido como um dos maiores eventos do setor no país, o Salão do Artesanato reúne criadores de todas as regiões do Brasil. A seleção dos participantes de Mato Grosso foi feita com base nos critérios do PAB, levando em conta a diversidade e a representatividade das tipologias artesanais.

Além de vender, os artesãos participantes fortalecem conexões, trocam experiências e reafirmam o artesanato como expressão viva da identidade e economia mato-grossense.

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