A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) acendeu um sinal de alerta para a baixa adesão à vacinação contra a gripe no estado. Apenas 26% do público prioritário — que inclui crianças, idosos e gestantes — foi imunizado até o momento, conforme dados oficiais. Foram aplicadas 363.156 doses em todo o território mato-grossense.
Diante do cenário, a SES reforça a importância da vacinação antes da chegada do inverno, período em que há maior circulação de vírus respiratórios, como o influenza. A imunização está disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
“A cobertura vacinal precisa crescer. É essencial que as prefeituras intensifiquem as ações e que a população procure os postos de saúde”, destacou o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.
A vacina contra a gripe é fundamental para reduzir complicações, internações e mortes causadas pelo vírus, além de aliviar a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).
Além dos grupos prioritários, a campanha também contempla os chamados grupos estratégicos, como:
- Puérperas, indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua;
- Profissionais da saúde, educação, segurança pública, Forças Armadas e transportes;
- Caminhoneiros, trabalhadores dos Correios, portuários e do sistema prisional;
- Pessoas com deficiência permanente e com doenças crônicas não transmissíveis.
Apesar de já ter distribuído 1.117.750 doses aos municípios, a SES lembra que a aplicação efetiva depende das gestões municipais.
O superintendente de Vigilância em Saúde em exercício, Marcos Roberto Dias, destacou que o Estado tem feito sua parte com a entrega das vacinas, orientação técnica e campanhas de divulgação, mas alertou que a ampliação da vacinação para outros públicos ainda não será possível.
“Enquanto a cobertura dos grupos prioritários continuar baixa e não recebermos todas as doses previstas, não há condições de ampliar a imunização para o público geral”, explicou Marcos, após reunião com o Cosems-MT (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso).
Outro dado preocupante reforça a urgência da vacinação: os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado aumentaram 18% em um ano, passando de 1.085 registros entre janeiro e maio de 2024 para 1.290 casos no mesmo período de 2025.
A SES reforça o pedido para que pais levem seus filhos, idosos busquem a imunização e gestantes se protejam, colaborando para a contenção do avanço de doenças respiratórias no estado.
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