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Chico 2000 e Sargento Joelson são acusados de cobrar Propina de R$ 250 Mil; Caso está sendo investigado

Chico 2000 e Sargento Joelson são acusados de cobrar Propina de R$ 250 Mil; Caso está sendo investigado

A Polícia Civil de Mato Grosso investiga se outros vereadores e ex-parlamentares também se beneficiaram do pagamento de propina de R$ 250 mil, feito pela empresa HB 20 Construções, em troca de apoio à aprovação de projetos na Câmara de Cuiabá. O esquema veio à tona durante a Operação Perfídia, que levou ao afastamento dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson Fernandes (PSB).

Segundo depoimento de um funcionário da construtora, o valor pago não teria ficado apenas com os dois parlamentares já citados, mas seria distribuído entre outros vereadores para garantir o apoio necessário à proposta que tramitava na Casa. A informação reforça a suspeita de um esquema mais amplo de corrupção no Legislativo municipal.

O caso envolve a aprovação de um projeto de lei que permitiu ao município parcelar dívidas tributárias, viabilizando o pagamento de R$ 4,8 milhões à HB 20 Construções, responsável por obras no Contorno Leste de Cuiabá. Em contrapartida, Chico 2000 e Joelson teriam exigido propina para articular a tramitação e aprovação da matéria.

Conforme as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Sargento Joelson chegou a informar ao intermediário da empresa que o dinheiro seria dividido entre outros vereadores, visando assegurar quórum suficiente para a votação favorável ao projeto.

O suposto esquema teria ocorrido entre 2023 e 2024, durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A denúncia partiu do atual prefeito Abilio Brunini (PL), ainda em seu mandato como deputado federal, o que desencadeou as investigações.

Além de Chico 2000 e Joelson, também são alvos da operação o proprietário da empresa, José Márcio da Silva Cunha, e dois funcionários da HB 20, identificados como Glaudecir Duarte Preza e Jean Martins e Silva Nunes.

A juíza Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), determinou diversas medidas cautelares, incluindo:

  • Busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados;
  • Recolhimento de passaportes;
  • Sequestro de bens móveis e imóveis;
  • Bloqueio de até R$ 250 mil em contas bancárias.

Os vereadores foram afastados dos cargos, proibidos de acessar tanto a Câmara Municipal quanto a sede da HB 20 Construções, além de estarem impedidos de manter contato com funcionários da empresa ou testemunhas do caso.

A Justiça também autorizou o acesso a registros de entrada na Câmara e imagens de câmeras de segurança, com o objetivo de confirmar encontros e negociações ilegais ocorridas no Legislativo.

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