Detentos seguem foragidos após escaparem de presídio com apoio interno em Várzea Grande

A fuga de dois detentos do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, completa quase um ano sem solução. Thiago Augusto Falcão de Oliveira e Gilmar Reis da Silva seguem foragidos desde julho de 2023, desafiando os esforços da Polícia Civil, que mantém os dois na lista de criminosos mais procurados do estado.

Conforme as investigações, os detentos não escaparam sozinhos. A fuga teria contado com ajuda direta de servidores públicos, incluindo dois policiais penais. Um dos envolvidos, segundo apuração da polícia, é um agente penitenciário que teria utilizado uma caminhonete oficial do sistema prisional para tirar os criminosos da unidade. O então diretor do presídio também é investigado, suspeito de ter autorizado ilegalmente a saída dos presos sob o pretexto de realizarem atividades extramuros.

A polícia concentra esforços em regiões onde os fugitivos possuem vínculos ou histórico de atuação criminosa, com operações pontuais e monitoramento contínuo, mas, até o momento, nenhum dos dois foi recapturado.

Perigosos e reincidentes

Gilmar Reis da Silva é considerado um dos criminosos mais perigosos em atuação na região sul de Mato Grosso, sendo apontado como um dos líderes de facção criminosa responsável por ordenar crimes dentro e fora das unidades prisionais.

Thiago Augusto Falcão, por sua vez, possui um histórico de violência e já foi condenado por homicídio cometido em Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital. Ele também tem registros anteriores de tentativas de fuga, inclusive da mesma unidade em que cumpria pena.

A fuga acendeu um alerta dentro do sistema penitenciário estadual e reforçou debates sobre a vulnerabilidade no controle interno e a necessidade de fiscalização mais rígida sobre a atuação de servidores dentro das unidades prisionais.

As autoridades pedem a colaboração da população. Qualquer informação que possa levar à localização dos foragidos pode ser repassada, de forma anônima, pelos telefones 198, 181 ou pelo WhatsApp da Polícia Civil: (66) 98156-0028. O sigilo é garantido.