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Ecoparque Pantanal: Cuiabá avança em sustentabilidade com foco na reciclagem e compostagem

Ecoparque Pantanal: Cuiabá avança em sustentabilidade com foco na reciclagem e compostagem

A visita técnica realizada nesta terça-feira (14) ao Ecoparque Pantanal, na região do Pedra 90, marcou um novo passo nas ações voltadas à gestão moderna e sustentável dos resíduos sólidos em Cuiabá. O diretor-geral da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), Felipe Wellaton, esteve no local para acompanhar de perto o funcionamento da estrutura que recebe, todos os meses, entre 16 e 17 mil toneladas de lixo domiciliar da capital mato-grossense.

Localizado na Estrada dos Rio dos Couros, o Ecoparque é o destino final dos resíduos recolhidos na coleta regular. Cerca de 120 caminhões passam diariamente pelo local, onde o descarte é controlado com precisão por uma balança automatizada, homologada pelo Inmetro, garantindo total rastreabilidade dos materiais.

Durante a inspeção, Wellaton ressaltou que a meta da nova gestão é tornar o sistema de resíduos mais eficiente e sustentável. “Hoje, além da coleta, pagamos também pela destinação final. O nosso grande desafio é reduzir o volume que vai para o aterro, apostando em reciclagem e reaproveitamento, principalmente da fração orgânica, que representa mais da metade do lixo gerado em Cuiabá”, destacou.

Segundo ele, a inclusão de catadores e cooperativas na triagem e reaproveitamento dos materiais recicláveis é fundamental para gerar impacto social positivo. “Cada item reciclado representa uma fonte de renda para famílias em situação de vulnerabilidade e uma economia direta para os cofres públicos. É uma gestão inteligente e inclusiva”, afirmou.

Entre as iniciativas em análise pela Limpurb, está a implantação de unidades de compostagem em parceria com outras instituições, com o objetivo de tratar resíduos orgânicos como restos de alimentos e resíduos vegetais. O plano é transformar esse material em adubo de alta qualidade, diminuindo a geração de chorume e a emissão de gases poluentes no aterro.

“O investimento em compostagem é estratégico. Reduz custos, melhora o meio ambiente e ainda permite o aproveitamento de recursos que antes iam para o lixo”, completou Wellaton.

Projetado com tecnologia de ponta, o Ecoparque Pantanal adota práticas que garantem a proteção do solo e do lençol freático. O chorume, por exemplo, passa por osmose reversa e é transformado em água reutilizável, enquanto o gás metano gerado pela decomposição dos resíduos orgânicos pode ser convertido em energia elétrica e gás natural.

A operação do espaço é conduzida pela empresa terceirizada Orizon Valorização de Resíduos, que atua conforme os padrões de segurança e sustentabilidade exigidos por órgãos ambientais.

Cuiabá, aos poucos, consolida uma nova forma de lidar com o lixo: mais consciente, inclusiva e voltada ao futuro.

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