A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na terça-feira (3), a Operação Conta de Espelho, que investiga um sofisticado esquema de desvio e ocultação de valores que teria causado prejuízo estimado em R$ 1 milhão a um grupo empresarial da capital.
Conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), a operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados a pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema. A principal suspeita, uma ex-funcionária do setor financeiro da empresa lesada, é acusada de emitir pagamentos fraudulentos para empresas de fachada ligadas a ela e a seus familiares.
De acordo com as investigações, a estrutura do próprio grupo empresarial foi usada para dar aparência de legalidade às transações ilegítimas. Empresas fictícias teriam sido criadas apenas para simular operações comerciais e justificar o repasse de recursos desviados.
Durante a ação, os agentes apreenderam celulares, documentos e mídias digitais, além de terem decretado a indisponibilidade de diversos veículos, entre eles um caminhão Volvo FH 540, um furgão Renault Master e três carrocerias basculantes, todos supostamente utilizados para ocultar patrimônio adquirido com o dinheiro desviado.
Parte dos bens foi transferida a terceiros na tentativa de esconder a origem ilícita dos recursos. A principal investigada deixou o estado antes do cumprimento dos mandados e está sendo procurada pelas autoridades.
O nome da operação, “Conta de Espelho”, faz referência ao uso de manobras contábeis e empresas de fachada criadas para encobrir o verdadeiro destino dos valores desviados e dar aparência de regularidade às movimentações.
As apurações continuam com foco em analisar o material apreendido, localizar outros envolvidos e identificar bens ocultos que possam ser recuperados.
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