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Hospital Central de Cuiabá pode ser gerido pelo Albert Einstein, com economia estimada de R$ 46,8 milhões ao ano

Hospital Central de Cuiabá pode ser gerido pelo Albert Einstein, com economia estimada de R$ 46,8 milhões ao ano

Com 98% das obras concluídas e prestes a se tornar referência em atendimento de alta complexidade em Mato Grosso, o Hospital Central de Cuiabá deve ganhar um parceiro de peso para sua administração: o Hospital Israelita Albert Einstein, considerado o melhor do Brasil. A proposta foi apresentada pelo Governo do Estado, que encaminhou à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) um Projeto de Lei em regime de urgência para viabilizar a parceria.

O modelo de gestão proposto poderá representar uma redução de até R$ 46,8 milhões por ano nos custos da saúde estadual, ao mesmo tempo em que amplia e qualifica o atendimento ofertado à população.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, a operação plena do Hospital Central exigirá um investimento mensal de R$ 34,9 milhões, porém, com a habilitação de serviços pelo Ministério da Saúde, o Governo Estadual deverá arcar com apenas R$ 24 milhões por mês. A diferença virá de um aporte previsto de R$ 10 milhões mensais da União, fruto do credenciamento de serviços especializados.

“O Estado já destina cerca de R$ 28 milhões por mês à manutenção de serviços como o Hospital Estadual Santa Casa, Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e demandas judiciais. Com o Hospital Central absorvendo a maior parte desses atendimentos, o custo efetivo para o Estado será reduzido, resultando numa economia mensal de aproximadamente R$ 3,9 milhões”, explicou Figueiredo.

O gestor reforçou que o novo hospital foi planejado dentro dos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde, o que garante melhor aproveitamento dos recursos federais e maior autonomia estadual na oferta de serviços de média e alta complexidade. “Diferente da Santa Casa, que possui limitações estruturais por ser uma unidade centenária, o Hospital Central foi totalmente reformulado para atender as exigências técnicas e receber maior repasse do governo federal”, completou.

Hospital moderno, tecnológico e estratégico

O Hospital Central, cuja obra ficou paralisada por mais de três décadas, passou por reformulação completa e teve sua estrutura expandida em 23 mil m², totalizando 32 mil m² de área construída. O projeto contempla 180 enfermarias, 11 unidades de isolamento, 96 leitos de UTI e 10 salas cirúrgicas, além de espaço para cirurgias robóticas e atendimento em 15 especialidades médicas, como neurocirurgia, cirurgia cardiovascular, ginecologia, mastologia, urologia, entre outras.

Outro diferencial da unidade é a oferta de programas de residência médica em até 11 especialidades, iniciativa que visa formar novos profissionais especializados e consolidar o hospital como um polo de ensino e pesquisa em saúde. O hospital também contará com heliponto, ampliando sua capacidade de atendimento a casos de urgência e emergência, especialmente para pacientes vindos do interior do estado.

Próximos passos

A expectativa é de que o Projeto de Lei enviado pelo Executivo à Assembleia Legislativa seja votado nos próximos dias, em razão do regime de urgência estabelecido. Se aprovado, o contrato com o Hospital Israelita Albert Einstein poderá ser formalizado, dando início à fase final de implantação da unidade.

O Governo de Mato Grosso aposta na parceria como uma estratégia de transformação no sistema público de saúde, com impacto direto na qualidade do atendimento, na redução de filas e na diminuição dos custos operacionais — um marco para a saúde pública estadual.

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