A manhã desta sexta-feira (11) marcou um avanço nas investigações contra crimes de estelionato em Várzea Grande. A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato, deflagrou a Operação Métalon, visando desarticular uma associação criminosa envolvida em golpes na modalidade “falso cliente” e no comércio de produtos obtidos de forma ilícita.
As investigações tiveram início em julho de 2024, após uma empresa do setor de comercialização de metais ser alvo de um golpe articulado por criminosos que se passaram por clientes. Usando telefonemas e aplicativos de mensagens, os estelionatários convenceram os representantes da empresa a emitir boletos bancários e realizar a entrega de mercadorias, sem que o pagamento fosse realmente efetuado.
Com o golpe consumado, parte dos materiais furtados foi encontrada à venda em outro estabelecimento comercial da cidade, graças à atuação rápida da Polícia Militar. O prejuízo contabilizado pela empresa ultrapassa R$ 60 mil.
Com os primeiros indícios em mãos, os policiais civis deram início a diligências que resultaram na coleta de provas suficientes para que o Juízo da 4ª Vara Criminal de Várzea Grande autorizasse três mandados de busca e apreensão. Durante a ação desta sexta-feira, foram localizados materiais que agora passam por perícia, e podem comprovar a atuação dos investigados em uma série de outros golpes semelhantes.
O delegado André Luís Prado Monteiro, responsável pela investigação, destacou que a quadrilha já estava no radar da polícia por possíveis crimes semelhantes ocorridos não apenas na baixada cuiabana, mas também em outros estados. “A operação representa uma resposta contundente contra esses criminosos que utilizam a tecnologia e a aparência de legalidade para enganar empresários e desestabilizar setores produtivos”, afirmou.
Segundo o delegado, a apuração segue em andamento e pode levar à responsabilização de mais envolvidos, além do desdobramento de novas ações investigativas. A Polícia Civil acredita que a estrutura do grupo seja mais complexa, com ramificações interestaduais e envolvimento de receptadores conscientes da origem criminosa dos materiais.
O nome da operação, Métalon, foi escolhido justamente em alusão à preferência dos criminosos por mercadorias de metal, que são mais fáceis de revender no mercado paralelo.
A Polícia Civil reforça a importância da atenção redobrada por parte de empresas no momento de validar transações comerciais, especialmente quando realizadas de forma remota. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo Disque 197, com garantia de sigilo.
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