O deputado estadual Wilson Santos (PSD) reforçou, nesta quarta-feira (19), a importância do uso de câmeras corporais pelos policiais militares para promover mais transparência e segurança nas ações de segurança pública. Mesmo com a retirada de seu Projeto de Lei nº 213/2023 de pauta, o parlamentar sugeriu a realização de uma audiência pública no segundo semestre de 2025 para discutir a ampliação dessa tecnologia em Mato Grosso, com a participação das forças de segurança do estado. Wilson Santos, que faz parte da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), ressaltou o avanço dessa prática em nível nacional.
Em seu discurso na tribuna, o deputado apresentou uma matéria publicada pela Folha de São Paulo , que aborda a crescente adesão de estados brasileiros ao uso de câmeras corporais para os policiais militares. “Essa é uma luta que venho travando há anos em Mato Grosso, e agora ela começa a se concretizar em todo o Brasil. Como diz uma frase que gosto muito: ‘nada é mais forte do que o tempo de uma ideia’. E as câmeras nos uniformes dos policiais começam a se tornar realidade”, destacou Santos.
De acordo com a reportagem intitulada “Quanto mais câmeras nas fardas da PM, melhor”, a adesão ao programa federal que disponibiliza essas câmeras tem crescido, com 20 estados e o Distrito Federal já solicitando a adesão ao Projeto Nacional de Câmeras Corporais, promovido pelo Ministério da Justiça. A iniciativa prevê a distribuição de 52.558 câmeras para agentes da Polícia Militar, com o objetivo de reduzir e controlar abusos de força durante operações, abordagens e detenções.
Apesar do avanço em várias regiões, Mato Grosso, assim como São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais e Paraná, ainda não aderiu ao programa. O deputado Wilson Santos argumenta que as câmeras são uma ferramenta eficaz para garantir o bom comportamento dos policiais. “Com a câmera, o policial sabe que está sendo monitorado e, assim, evita exageros. Sua função é cumprir a ordem judicial, enquanto cabe ao Ministério Público decidir sobre as denúncias”, explicou o parlamentar. Ele também lembrou um caso recente, no município de Novo Mundo, onde um policial foi afastado após realizar um despejo sem ordem judicial, acrescentando até mesmo uma defensora pública que acompanhava o ato.
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